sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sem lembranças[1]

Quero todas as praias conhecer,
de todo este litoral maravilhoso;
Se o degelo não engolir.
Quero pelas florestas trilhar,
ouvir o canto dos pássaros;
Se o traficante não roubar.
Quero a flora observar,
sentir os aromas, ver as cores;
Se a fumaça não esconder.
Quero as cachoeiras fotografar,
admirar a suas quedas,
sem temer que um dia a água irá acabar.
Quero a temperatura suportar,
nestes e verões da vida,
que os graus não param de aumentar.
Quero o inverno aproveitar,
aquele friozinho gostoso,
que aos poucos deixa de acontecer.
Quero um mundo oferecer
às próximas gerações,
que por aqui irão passar.
Só não quero lembranças
das belezas que existem
e podem não mais existir.


[1] Crônica apresentada ao Instituto Superior de Filosofia Berthier, para o Projeto: Crônicas Filosóficas.
[2] Acadêmica do 1º ano do curso de bacharel em filosofia no Instituto Superior de Filosofia Berthier-IFIBE.

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