sexta-feira, 12 de junho de 2009

Que dúvidas cruéis! [1]

Wanduir Rudinei Sausen[2]

Entediado pelas conseqüentes derrotas sucedidas nos últimos grenais, comecei a questionar-me: O que somos? Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O filosofar baseia-se nestas perguntas reflexivas acerca do ser humano.
Esclareçam-me, filósofos que sois, teólogos que dizeis a Deus conhecer e cientistas que a natureza desbravais, afinal, o que sou e por que sou este ser entre outros seres. Estamos ou não estamos entre coisas e, dentre essas, nos diferenciamos pela simples diferença de não sermos qualquer uma destas coisas, mas sim, o ser humano. Aquele que é racional, capaz de decidir, agir, buscar, ou beber cerveja em pleno domingo assistindo uma emocionante disputa de corridas de gansos. Sabemos o que fazemos e porque o fazemos.
Percebi que a solidão angustiava-me pela impossibilidade de existir sozinho. Nem satanás vive só! Só podemos ser alguém porque vivemos em sociedade e nela temos um nome e sobrenome, portanto, uma identidade. Eu, por exemplo, Augusto Fagundes Reis Neto Souza Cavalcante Bragante Júnior da Fonseca e Santos.
Quando saio (sem carteira de habilitação) de automóvel (num fusca que nem Felipe Massa se atreveria a acompanhar-me) dirigindo-me ao supermercado da esquina, cuidando para não me desviar do caminho e para poder retornar sozinho. No entanto, de onde viemos? Vivemos da natureza e somos natureza. Dela provimos. Será? Porque, então, consideramo-la alguma coisa aí fora, longe e alheia. Esta ali para ser usada, mas esta sendo utilizada da maneira correta? Estamos usando-a da forma certa, na proporção adequada?
Do modo que estamos prosseguindo, pode-se dizer que seguimos à frente ou estamos nos tornando “não civilizados”. Para o lugar ao qual nos dirigirmos, a cada detalhe que deixarmos de cuidar, cada ser humano que desrespeitarmos e descuidarmos, estamos nos destruindo. Então, este é o momento de mudar (o momento já passou, mas ainda há tempo), começando principalmente e primeiramente por cada um de nós.
Preferimos ser destruídos por nós mesmos (suicídio) ou ser destruídos por um meteoro que atingir/atingiu a terra? Com certeza, não se trata de preferências! Porém é um caminho que pode ser freado. O imprescindível é agir com consciência ecológica.

[1] Crônica apresentada ao Instituto Superior de Filosofia Berthier, para o Projeto: Crônicas Filosóficas.
[2] Acadêmico do III semestre de Filosofia - IFIBE

Nenhum comentário: